segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nossa História . . .

A Igreja do Calvário, situada no bairro de Pinheiros, entre a encruzilhada da Rua Henrique Schaumman e a rua Cardeal Arcoverde, apresenta uma bela história, começando pela chegada dos Passionistas no Brasil. A história dos religiosos teve todo um fluir de fatos interessantes desde o início do século vinte e que culminou no porto de Santos no dia 6 de setembro de 1911 com a chegada dos padres Fidelis Kent Stone, Modesto Machino e Martinho Hogan, vindos de Buenos Aires para evangelização no litoral do Paraná. Um convite, vindo do Mosteiro de São Bento, pedindo para que os padres Passionistas exercessem o seu ministério na capital paulista. Padre Fidelis e Marinho tinham a promessa de receberem para o seu serviço uma pequena construção que acomodaria uma igreja e um alojamento. No ano seguinte, dia 24 de janeiro de 1912, pisaram o solo paulista para ficar definitivamente, os padres Geraldo Cortesi, Camilo Bogna e o irmão Lucas Garcia Ramires, dispostos a levar adiante o ideal de evangelização, proposta do passionistas.
Em quatro de janeiro de 1913 começaram a construção do prédio da capela que foi inaugurado em 13 de julho de 1913. Por se ter tornado sede da Província recém criada e transformada também em Seminário Menor, houve a necessidade de ampliação do prédio e a capela cedeu lugar para a nova igreja.

Em 5 de agosto de 1923, foi publicado na revista “O Calvário” a planta da nova igreja iniciando a campanha para arrecadação de fundos para aquisição de materiais para sua construção.
Em menos de dois anos sua nave principal já estava pronta. No dia 3 de janeiro de 1926, data de aniversário natalício de São Paulo da Cruz, foi inaugurada oficialmente e celebrado o primeiro ato litúrgico. A partir daí, as obras de acabamento interno continuaram vagarosamente até sua inauguração definitiva em 19 de maio de 1930. O altar mor, em estilo romano barroco foi projetado por Benedito Calixto de Jesus Neto e sagrado por Dom José Gaspar em 6 de julho de 1940.

A famosa Igreja continua em atividade constante ate hoje, as atividades são exercidas pelos nossos religiosos e paroquianos através das pastorais, associações, movimentos e grupos envolvendo em torno de 400 paroquianos voluntários em aproximadamente 40 atividades e conta com a ajuda das religiosas passionistas do Colégio Santa Luzia e das religiosas Franciscanas do Colégio Stella Maris.

http://www.paroquiadocalvario.org.br/index.html

São Paulo da Cruz, Padroeiro da Igreja do Calvário

Paulo Danei Massari nasceu em Ovada, na Itália, tendo-se mudado, mais tarde, para Castellazzo Bormida, não muito longe da sua terra natal.

A sua mãe ensinou-o a ver na Paixão de Jesus Cristo a força para superar todas as provas e dificuldades. Assim, enamorado de Jesus Crucificado desde criança, quis entregar-Lhe toda a sua vida.

Durante uma grave doença, a visão do inferno horrorizou-o. Ouvindo a pregação de um sacerdote, o Senhor iluminou-o relativamente ao amor de Cristo Crucificado: foi o momento a que ele próprio chamou de "conversão".

Por volta de 1715-1716, desejoso de servir a Cristo, apresentou-se em Veneza e alistou-se no exército. Queria lutar contra os turcos, que então ameaçavam a Europa, com mística de cruzado. Enquanto adorava o Santíssimo Sacramento, numa igreja, compreendeu que não era aquela a sua vocação.

Abandonou a carreira militar, serviu durante alguns meses uma família e regressou a casa. Embora o seu tio sacerdote prometesse deixar-lhe toda a sua herança no caso de vir a casar, Paulo renunciou à oferta.

Segundo um testemunho, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro. O Bispo de Alexandria, Mons. Gattinara, ouvido o conselho de confessores prudentes, revestiu-o com o hábito da Paixão, a 22 de Novembro de 1720. Passou 40 dias na sacristia da igreja de S. Carlos, em Castellazzo. As suas experiências e o seu estado de espírito, durante aquela "quarentena" conservaram-se até hoje com o nome de "Diário Espiritual". Além disso, elaborou um esboço das Regras, destinadas a possíveis companheiros, aos quais chamava de "Os Pobres de Jesus". O seu irmão João Baptista, que o visitava, quis associar-se a ele, mas Paulo, naquela altura, não o permitiu.

Concluída a experiência, o Bispo autorizou-o a viver na ermida de Santo Estevão, em Castellazzo, e a realizar apostolado como leigo. No Verão de 1721, viajou até Roma, no intuito de obter uma audiência Papal para explicar as luzes recebidas sobre uma futura Congregação. Os oficiais do Quirinal, onde residia o Papa, não o deixaram entrar, pois pareceu-lhes tratar-se de mais um aventureiro.

O primeiro convento, dedicado à Apresentação, foi inaugurado em 1737. Paulo apresentou as Regras para o novo Instituto, em Roma. Depois de algumas alterações, viriam a ser aprovadas pelo Papa Bento XIV em 1741.

Defendeu sempre, com grande determinação, para toda a Congregação, o espírito de solidão, pobreza e oração, não só com os seus conselhos, mas indicando também o exemplo do seu irmão João Baptista. Quando este morreu em 1765, Paulo sentiu-se como um órfão.

Após a supressão da Companhia de Jesus, Clemente XIV levou os Padres da Missão à igreja de S. André do Quirinal e concedeu a Paulo da Cruz a casa e a basílica dos Santos João e Paulo que eles tinham em El Celio. Nela, a dois passos do Coliseu de Roma, viveu o Santo os últimos anos da sua vida; ali recebeu as visitas de Clemente XIV, em 1774, e de Pio VI em 1775, e ali faleceu, uns meses mais tarde. As suas relíquias conservam-se em capela própria, inaugurada na basílica em 1880.


Boa semana a todos!